Em 22 anos de trabalho, comandante da BM diz que não havia atendido um caso como o da morte de mulher em ritual no cemitério

Um sábado diferente de todos os outros já vividos em 22 anos de carreira. Foi o que viveu o tenente Ricardo Pinto, comandante da Brigada Militar de São Sepé, ao atender a ocorrência que deixou uma mulher de 58 anos morta depois de um suposto ritual religioso, na madrugada de sábado.

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Desde às 18h da sexta-feira (9), os envolvidos no suposto trabalho religioso estariam com a vítima em um templo. Neste momento, teriam iniciado as agressões com socos, tapas, pisões na cabeça, golpeada com varas verdes em diversas partes do seu corpo, tendo sua cabeça lançada contra o solo por diversas vezes. Por volta das 21h, os religiosos, vítima, filho e marido da vítima teriam ido até um cemitério que fica a 15 km da área urbana do município, onde ela foi amarrada em uma cruz no cemitério daquela localidade. Pela meia-noite de sexta para sábado, marido e filho perceberam que a vítima não respondia mais, neste momento solicitaram auxílio dos religiosos para que a levassem ao hospital. 

Conforme o comandante, em um primeiro momento dois policiais foram deslocados para realizar o atendimento da ocorrência, quando realizaram a escolta do veículo junto com a ambulância até o Hospital Municipal de Formigueiro. Ao tomarem conhecimento do acontecido, solicitaram mais uma guarnição, com outros dois policiais e o comandante. 

– Não havia atendido nenhuma ocorrência parecida nesses anos que trabalho na polícia. O que chamou a atenção dos policiais foi a tranquilidade dos religiosos. Não demonstraram nervosismo. Aparentemente demonstraram que não teriam feito nada de errado. Não aparentavam ter consciência da gravidade do ato que teriam praticado – diz o comandante. 

A Brigada Militar deu voz de prisão aos quatro religiosos envolvidos, pelo menos três suspeitos envolvidos eram familiares, um casal de irmãos e o pai, conforme informações de Fernando Ramos. Dois religiosos foram presos em flagrante e encaminhados ao Presídio de São Sepé. Os outros dois aguardam investigação. Também foram apresentados na Delegacia o marido e o filho da vítima. A polícia investigará os quatro por suspeita de homicídio doloso qualificado (tortura com resultado morte) e o laudo pericial apontará a causa da morte. Até a publicação desta matéria, não havia informação sobre a defesa dos suspeitos.

Despedida

O corpo de Zilda Correa Bitencourt é velado no Salão Comunitário de Araçá neste sábado, localizado em Restinga Sêca. O sepultamento acontece no Cemitério de Bom Retiro, às 18h30min. 

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