MP denuncia quatro pessoas por matar e crucificar mulher em ritual religioso dentro de cemitério

MP denuncia quatro pessoas por matar e crucificar mulher em ritual religioso dentro de cemitério

Foto: Rafael Menezes (Diário)

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) denunciou nesta quarta-feira (6), quatro pessoas pelo homicídio qualificado de Zilda Correa Bittencourt, 58 anos, no interior de Formigueiro, ocorrido no dia 10 de fevereiro. Na ocasião, a mulher foi morta durante um suposto ritual, realizado em vários locais, mas que terminou em um cemitério. 


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Segundo o MP, os quatro investigados estão presos. O principal é Francisco da Rosa Guedes, 65 anos. Também foram indiciados pela Polícia Civil Jubal dos Santos Brum, 57 anos, e os filhos Larry Chaves Brum e Nayana Rodrigues Brum.


O promotor de Justiça Fernando Mello Müller, responsável pela denúncia oferecida ao Poder Judiciário, afirmou que as qualificadoras são motivo torpe, emprego de asfixia, mediante tortura, praticado à traição e com recurso que dificultou a defesa da vítima.


 
A mulher, durante o ritual, chegou a ser crucificada. Por fim, o promotor solicitou uma indenização de R$ 300 mil para a família dela.


"O crime praticado pelos quatro réus foi estarrecedor, com requintes de crueldade extrema, brutalidade dificilmente vista. Foi um delito que provocou grande repercussão e comoção social, não só em Formigueiro, mas também nas demais cidades da região e em todo o Estado. Portanto, o MPRS apresentou o caso ao Poder Judiciário, por meio da denúncia e aguarda a tramitação judicial até final do julgamento e condenação pelo Tribunal do Júri”.


Relembre o caso

Com um pouco mais de 6 mil habitantes e situada na região central do Estado, ficou em choque diante do caso que envolve a morte de Zilda Correa Bittencourt, 58 anos. A vítima teria sido morta durante um suposto ritual religioso, entre a noite de sexta-feira (9) e a madrugada de sábado (10), dentro do cemitério da Colônia Antão Faria, no interior do município, a 15 km da cidade. 


Conforme a ocorrência policial, o marido e o filho de Zilda teriam procurado os “pai de santo” para fazer um ritual, pois, segundo eles, a vítima sofria há mais de 20 anos com “duas entidades que incorporavam nela”. A mulher teria viajado de Restinga Sêca para Formigueiro, na manhã da última sexta-feira, para a realização do ato.


No ritual, realizado já no cemitério, Zilda foi torturada. Ela teria sido agredida fisicamente com socos, tapas, pisões na cabeça, golpeada com varas verdes em diversas partes do seu corpo, tendo sua cabeça lançada contra o solo por diversas vezes. Por fim, os responsáveis pelo suposto ritual religioso teriam amarrado Zilda à principal cruz do cemitério, onde a população costuma acender velas em memória dos entes sepultados no local.


A Polícia Civil não apontou culpa do marido e do filho no caso. As defesas dos quatro suspeitos negam o crime e alegam que o ritual foi praticado dentro das regras.


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