Réus que se passaram por policiais para cometer assassinato são condenados a mais de 26 anos de prisão

Um homem de 35 anos e um jovem de 20 foram condenados pelo júri popular pelo homicídio de Daniel Vaz Pinto, 47 anos, e pela tentativa de homicídio de outras duas pessoas, de 18 anos e 58 anos, que moravam no mesmo local. Para cometer o crime, em agosto de 2021, no Bairro Carolina, em Santa Maria, os acusados se passaram por policiais.

O réu Felipe Eric Barros Machado foi condenado a 26 anos de prisão, e o réu Anderson Ricardo dos Santos Barcellos, a 34 anos pelo assassinato e pelas duas tentativas de homicídio. O julgamento ocorreu na última quinta-feira, 26, em Santa Maria. Eles não poderão responder em liberdade.

De acordo com a promotora de Justiça Caroline Mottecy, que atuou no julgamento pelo Ministério Público (MP), os crimes foram cometidos por motivo torpe, decorrente do tráfico de drogas, mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, que foram surpreendidas pela dupla. A ação dos acusados diminuiu a capacidade de reação ou fuga.

Conforme o MP, os réus se associaram para praticar crimes, em especial homicídios, integrando-se a um grupo criminoso.

Na noite do crime, os criminosos invadiram a residência onde estavam as vítimas gritando “polícia, polícia”. O fato aconteceu por volta das 23h de 11 de agosto de 2021, na Rua Rui Barbosa.

Escondido no guarda-roupas

Daniel chegou a levantar as mãos, acreditando se tratar de fato da polícia, mas acabou baleado. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), mas não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no caminho.

Uma das vítimas, com a intenção de se salvar, escondeu-se dentro de um guarda-roupas, mas depois saiu correndo, sendo perseguida e atingida por diversos disparos.

Os criminosos fugiram de carro após o crime, e acabaram presos pela Polícia Civil ainda em agosto de 2021, no Bairro Medianeira. Os acusados estavam junto a outras duas pessoas, também detidas na ocasião por suspeita de tráfico de drogas. ​