Brasil lidera ranking de incidência de descargas elétricas e registra mais de 800 mortes por raios em 10 anos; saiba somo se proteger

Brasil lidera ranking de incidência de descargas elétricas e registra mais de 800 mortes por raios em 10 anos; saiba somo se proteger

Foto: Pedro Piegas (arquivo/Diário)

Um levantamento divulgado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Impe) aponta que o Brasil é o campeão mundial em incidência de raios. Com cerca de 78 milhões de descargas elétricas registradas anualmente, o país registrou 59 mortes em decorrência dos raios em 2023. Na última década, foram 830 mortes e 266 hospitalizações.  

O estudo, que reúne também dados do departamento de Informações e Análise Epidemiológica do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, também mostra que, 24% das mortes são registradas com pessoas que estão dentro de casa, mas em contato com objetos ligados à rede elétrica ou telefônica. Já 27% das ocorrências são registradas com pessoas em áreas abertas, no meio rural caso do trabalhador Diego Ferraz Moreira, de 32 anos, morto após ser atingido durante um temporal no interior de São Gabriel na noite desta quarta (4).


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Como se proteger?

O pesquisador e professor de Meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Daniel Caetano Santos, explica que os raios se formam dentro das nuvens de tempestade, chamadas de Cumulonimbus, a partir das cargas elétricas geradas pelo choque de partículas de gotas de granizo. Para que isso aconteça, é necessário que existam cargas positivas e negativas entre nuvens ou entre nuvens e o solo. A descarga elétrica ocorre quando há uma atração entre as cargas.

– Como o raio é uma corrente elétrica, ele sempre tenta achar o caminho mais rápido entre a base da nuvem e a superfície. Por isso, os raios que caem em um campo aberto acabam atingindo uma árvore, por ser o ponto mais alto – explica.


Seja no campo ou dentro de casa, veja algumas dicas para fugir dos raios:

  • Se você estiver em um campo, evite ficar próximo ou embaixo das árvores. Deitar no chão pode ser uma saída, mas o pesquisador alerta que o importante é não ser no ponto mais alto numa região aberta;
  • Em ambientes externos, além de não fazer o uso de aparelhos eletrônicos e telefônicos conectados com a tomada, é recomendado evitar tomar banho. Isso porque o raio pode acertar o poste, que pode percorrer entre os fios e chegar até o chuveiro. Também é recomendado evitar qualquer contato com a água, como lavar a louça ou as mãos;
  • Se estiver na rua, evite segurar ou ficar próximo a objetos metálicos longos (postes de placas de sinalização e grades).

Houve aumento na incidência dos raios?

Foto: Charles Guerra (Arquivo Diário)

Segundo o pesquisador, a influência do El Niño pode ser considerado um ponto importante para o aumento do registro das descargas elétricas nos últimos meses, já que o fenômeno provoca o aumento de chuvas fortes e tempestades. Mas, o levantamento ainda aponta que a estimativa é que a média nacional passe para 100 milhões de raios de

 2081 e 2100, devido às mudanças climáticas. 

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