Morte de professores da UFSM em hotel no norte do Estado completa 1 ano sem nenhum suspeito preso

Morte de professores da UFSM em hotel no norte do Estado completa 1 ano sem nenhum suspeito preso

Foto: Google Maps (Reprodução)

A morte dos professores do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Fabiano de Oliveira Fortes, 46 anos, e Felipe Turchetto, 35durante um assalto a um hotel em Mato Castelhano, região norte do Estado, completa um ano nesta sexta-feira (25). O inquérito do caso não está concluído. Duas pessoas chegaram a ser presas suspeitas do crime, mas já foram soltas sem que a autoria do crime tenha sido esclarecida.   


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Os assassinatos ocorreram no hotel Romanttei, quando um grupo de 15 estudantes e três professores do curso participavam de uma viagem para visita de campo à Floresta Nacional de Passo Fundo. Fortes e Turchetto ingressaram no hotel enquanto o assalto já ocorria. Conforme a investigação, os professores foram mortos a tiros pelos criminosos após suposta tentativa de reagir ao assalto. 


De acordo com o delegado Venicios Demartini, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco) de Passo Fundo, a principal linha de investigação é de latrocínio (roubo com morte). O inquérito que apura o caso ainda está em andamento pois há investigações externas pendentes. Mais detalhes não foram repassados.


– Todas as diligências que cabiam a nós como Polícia Civil, foram feitas. O que está pendente é uma análise, feita pelo Departamento de Polícia em Porto Alegre, e a partir do que sair de resultado disso é que poderemos tomar novas providências. É uma parte importante, que pode nos ajudar na elucidação do crime. O inquérito está em andamento, ainda não foi concluído.


Ainda conforme o delegado, depoimentos de todos que estavam no hotel quando o fato ocorreu e de outras pessoas que poderiam ter ligação com o caso foram feitos. Também foram coletadas imagens de câmeras de segurança, além da análise em veículos e em aparelhos celulares. O inquérito, nas palavras de Demartini, é considerado "robusto".


– O inquérito é uma junção de diversas diligências, para reunir elementos de autoria e também da materialidade dos fatos. Para que, ao final, se decida por indiciar ou não alguém. Nosso objetivo é justamente esse: identificar a autoria e comprovação da materialidade. Então, aguardamos o que sairá dessa análise para definir se conseguimos concluir o inquérito com as informações que já temos ou se será necessário de novas diligências. 


Dias depois do crime, dois homens chegaram a ser presos temporariamente por suspeita de participação no assalto. Um deles chegou a ir para o Presídio de Passo Fundo. O outro detido não teria participação no caso e foi solto pela Justiça após a polícia encontrar um vídeo de câmera de segurança que mostrava o suspeito em Passo Fundo na data do crime. Segundo Demartini, o primeiro suspeito também foi liberado após o prazo da prisão temporária, pois não ficou comprovada a ligação dele com o fato. Neste momento, ninguém está preso:


– Foi uma prisão temporária, de 30 dias. Nenhum deles foi indiciado porque não se comprovou que estariam envolvidos com o crime. 


Apesar das pendências, a principal linha de investigação segue sendo como latrocínio.


– De fato, foi um latrocínio. Houve um roubo, onde duas vítimas acabaram sendo alvejadas e morreram – conclui o delegado.


Relembre o caso

Os professores Fabiano de Oliveira Fortes (à esq.) e Felipe Turchetto (à dir.)Foto: Lattes


Os assaltantes entraram no Hotel Romanttei na noite do dia 24 de julho e, por volta de 1h30min de quinta (25 de julho de 2024), anunciaram o assalto. Os funcionários do hotel foram rendidos e amarrados na cozinha do estabelecimento, enquanto a proprietária foi levada para outro lugar, onde foi forçada a fazer transferências via Pix. Porém, conforme a polícia, as transações não foram efetivadas, pois os assaltantes informaram dados errados.


Após a tentativa frustrada, um dos criminosos armado voltou para o cômodo onde estavam os reféns, enquanto o outro roubava pertences das vítimas, como joias e celulares. Conforme a investigação, um dos professores conseguiu se soltar e tentou entrar em luta corporal contra o criminoso armado.


Em resposta, o assaltante deu pelo menos três tiros contra o docente. O outro professor, ao ver a situação, tentou intervir e também foi baleado, morrendo no local. Os demais reféns se esconderam enquanto os assaltantes fugiram


Despedida

O velório de Fabiano de Oliveira Fortes foi realizado no dia 26 de julho no Salão Imembuí, no prédio da Reitoria, no campus de Camobi, em Santa Maria. Depois, o corpo foi cremado. 

Felipe Turchetto foi velado e sepultado na localidade de Linha Zanatta, no município de Taquaruçu do Sul, de onde era natural, também em 26 de julho. 


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