Foto: Tomaz Silva (Agência Brasil)
Tragédia aconteceu em fevereiro de 2019 no chamado Ninho do Urubu. Vítimas tinha entre 14 e 16 anos
Quase sete anos depois do incêndio no Ninho do Urubu, o Centro de Treinamento do Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro, a Justiça absolveu os sete acusados, que respondiam pelos crimes de incêndio culposo e lesão grave. Dez adolescentes, com idades entre 14 e 16 anos, morreram e três ficaram feridos.
A decisão é da 36ª Vara Criminal da Capital e ainda cabe recurso. O juiz Tiago Fernandes Barros considerou a ação improcedente.
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro havia pedido, em maio deste ano, a condenação de todos os acusados após ouvir mais de 40 testemunhas.
O incêndio aconteceu em fevereiro de 2019, nos contêineres usados como alojamento para as categorias de base do clube. Vinte e seis atletas dormiam quando o fogo começou num aparelho de ar-condicionado.
Réus
Entre os réus, estão dois diretores do Flamengo, dois engenheiros responsáveis pelas partes técnicas dos contêineres, e sócios da empresa de refrigeração que realizava manutenção nos aparelhos de ar-condicionado.
Antes da decisão anunciada agora, já havia sido extinto o processo contra o então presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello. Outros três acusados já tinham sido absolvidos.
As famílias dos 10 adolescentes mortos receberam indenização do Flamengo.
Clube
Em setembro, a 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) negou, por unanimidade, recurso do Clube de Regatas do Flamengo para incluir a empresa NHJ do Brasil no processo que trata das indenizações às vítimas do incêndio no Ninho do Urubu, que causou a morte dos 10 jovens do time de base em 2019.
A relatora do caso, desembargadora Sirley Abreu Biondi, manteve a decisão da primeira instância, ressaltando que “a manobra jurídica pretendida pelo Flamengo buscava apenas transferir a responsabilidade para terceiros, o que é vedado pela jurisprudência”.