Divulgado laudo da perícia na casa do menino Théo, que foi jogado da ponte pelo pai em São Gabriel

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) entregou à Polícia Civil o laudo feito na casa do menino Théo Felber, 5 anos, que foi jogado pelo pai da ponte do Rio Vacacaí, em São Gabriel, no dia 25 de março, e morreu. Segundo o delegado Daniel Severo, titular da Delegacia de Polícia da cidade, não foram encontrados vestígios de sangue na residência onde o pai, Tiago Ricardo Felber, 39 anos, confessou que teria tentado matar o filho, por estrangulamento, no dia anterior ao assassinato.

– O IGP confeccionou o laudo da perícia realizada na casa onde pai e filho passaram a noite anterior ao homicídio, na qual o indiciado, segundo suas próprias palavras, tentou matar Théo, por estrangulamento. A perícia tinha por objetivo buscar vestígios de sangue humano. Nada foi localizado – afirmou o delegado.

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O caso

O pai confessou que jogou o filho de uma ponte sobre o Rio Vacacaí na tarde desta terça, em São Gabriel. O corpo da criança foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros.

De acordo com as primeiras informações, o suspeito não aceitava o fim recente do relacionamento e levou o filho até o local, arremessando-a no leito do rio. O caso aconteceu por volta das 13h45min na Ponte Engenheiro Alfredo Bento Pereira, na Avenida Getúlio Vargas, que liga o Bairro Bom Fim à zona urbana da cidade.

O menino de 5 anos morava na cidade de Nova Hartz, no Vale dos Sinos, com a mãe, e que estava visitando o pai em São Gabriel. O homem teria buscado a criança na casa da mãe no sábado, dia 22 de março. Em entrevista ao programa Fim de Tarde, da Rádio CDN, o delegado Daniel Severo, responsável pela Delegacia de Polícia de São Gabriel, informou que os pais se separaram no final de 2024, mas o homem não aceitaria o fim do relacionamento. Como teria sofrido muito com a ausência do filho desde a separação, Tiago Felber teria dito que queria se vingar da ex-companheira e fazer com que ela sentisse o sofrimento que ele teria passado.

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Tiago Felber é natural de Nova Prata, na Região da Serra, mas morador de São Gabriel, na Fronteira Oeste. O suspeito trabalhava como vendedor de alimentos.

Ele se entregou à Brigada Militar logo após ter saído de um restaurante, onde foi almoçar depois de ter jogado o corpo do menino no Rio Vacacaí. No local, a ponte tem uma altura de cerca de 15 metros. O pai está preso desde então, pois teve a prisão temporária decretada pela Justiça.