A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) da Polícia Civil de Santa Maria investiga o comportamento de um funcionário de uma loja de roupas da cidade. Ele é investigado por suspeita de ter gravado pelo menos uma cliente enquanto ela trocava de roupa no provador. O caso aconteceu na tarde de terça-feira, em um shopping.
Conforme a ocorrência registrada na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), a vítima, uma mulher de 33 anos, já era cliente da loja e estava olhando roupas de banho e, ao escolher alguns modelos, dirigiu-se ao provador. Na entrada do local, ela teria passado por um jovem vestido com a camiseta da loja, que disse que ela poderia usar o provador. Enquanto trocava de roupa, a cliente viu um telefone celular ligado por baixo da porta.
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Ao abrir o provador, ela reconheceu o mesmo funcionário que estava na entrada do local. Ele teria saído correndo e se escondido em um banheiro. A mulher chamou o responsável pela loja e após ter acesso as câmeras de monitoramento, o gerente identificou o funcionário envolvido no caso. A vítima chamou a Brigada Militar (BM) para fazer o registro da ocorrência.
- Eu fiquei muito triste com esse tipo de situação e por ainda se tratar do próprio funcionário. Acredito que ele tenha feito isso com outras mulheres que estiveram ali e eu conseguir ver ele fazendo isso por debaixo da porta do provador - relata.
Segundo a vítima, a loja mostrou estar despreparada e sem nenhum senso de sensibilidade para lidar a situação pela qual passou.
- Só estavam preocupados em demitir o menino. Ser gravada foi extremamente constrangedor e humilhante - afirma a cliente.
A loja informou que demitiu o funcionário por justa causa. A polícia foi chamada no local
Assim que os policiais chegaram na loja, levaram todos à DPPA, onde foi registrada a ocorrência. Conforme a vítima, ainda na delegacia, a mãe e o irmão do funcionário a teriam ameaçado para não fazer o registro da ocorrência.
- Foi bem constrangedor, bem humilhante - desabafa.
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PERÍCIA
Conforme a delegada Luíza Sousa, titular da DPCA, todas as circunstâncias estão sendo apuradas. O telefone celular do funcionário foi apreendidos e encaminhado à perícia.
- Solicitamos a quebra de sigilo do telefone e encaminhamos para perícia para ver se ele tinha vídeos, de quantas vítimas, se enviava para outras pessoas. Estamos aguardando para ver o que tinha no celular para ver por quais crimes ele será enquadrado - explica a delegada.