
Foto:TJRS (Reprodução)
Condenada a 34 anos e 7 meses de prisão pelo assassinato do enteado Bernardo Boldrini, em 2014, Graciele Ugulini teve a progressão para o regime semiaberto autorizada nesta quinta-feira (17) pelo juiz Geraldo Anastácio Brandeburski Júnior, do 1º Juizado da 2ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre. A decisão foi baseada no cumprimento dos requisitos legais previstos na Lei de Execução Penal (LEP), incluindo bom comportamento carcerário, remição de pena e avaliações social e psicológica favoráveis. O pedido de prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, no entanto, foi negado.
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Segundo o juiz, embora esteja presa há 11 anos, Graciele trabalhou e estudou na prisão. Assim, ela já cumpriu 13 anos, oito meses e 27 dias da pena - a ré soma 978 dias remidos, ou seja, são dois anos e seis meses que devem ser acrescidos ao tempo de cumprimento da pena.
A decisão determina sua transferência, em até cinco dias, para estabelecimento prisional compatível com o novo regime. O Ministério Público também se manifestou favoravelmente à progressão, mas foi contrário à prisão domiciliar.
O crime ocorreu em abril de 2014, quando Bernardo, então com 11 anos, desapareceu em Três Passos (RS). Seu corpo foi encontrado dez dias depois, enterrado em uma cova em Frederico Westphalen. O pai do menino, Leandro Boldrini, foi apontado como mentor do crime e condenado em 2023 a 31 anos e 8 meses. Graciele foi considerada a executora, com a ajuda de Edelvania Wirganovicz, condenada a 22 anos e 10 meses. Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvania, também foi condenado por ajudar na ocultação do corpo.
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