Polícia Civil de Formigueiro indicia quatro suspeitos de matar e crucificar mulher em ritual religioso dentro de cemitério

Autor: Marcos Fonseca e Rafael Menezes

Polícia Civil de Formigueiro indicia quatro suspeitos de matar e crucificar mulher em ritual religioso dentro de cemitério

Foto: Rafael Menezes (Bei)

Zilda Correa Bittencourt, 58 anos, morreu devido a agressões que teria sofrido dentro do Cemitério da Colônia Antão. Vítima chegou a ser amarrada na cruz principal do local

A Polícia Civil de Formigueiro indiciou as quatro pessoas suspeitas de matar e crucificar uma mulher em ritual religioso em Formigueiro. O caso aconteceu na madrugada de 10 de fevereiro no interior do Cemitério da Colônia Antão, distante cerca de 15 quilômetros da sede do município.

 
Os quatro suspeitos são três homens e uma mulher, que estão presos desde o dia do crime. Eles foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impediu ou dificultou a defesa da vítima.


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​Todos se intitulam pais de santo e teriam praticado o ato a pedido do marido e do filho de Zilda Correa Bitencourt, 58 anos. A família alegava que a vítima sofria há mais de 20 anos com "duas entidades que incorporavam nela".

 
Segundo o delegado Antonio Firmino Neto, o laudo da necropsia apontou que Zilda morreu devido a ferimentos provocados por instrumento contundente, ou seja, pauladas desferidas durante o ritual. Dois suspeitos admitiram que bateram na mulher com a intenção de "expulsar o encosto, o espírito do mal que estava nela".
- Disseram, também, que não lembram muito do que fizeram porque estavam com entidades incorporadas - diz o delegado.

 
Os quatro indiciados são Francisco da Rosa Guedes, 65 anos, conhecido como Chico Guedes, Jubal dos Santos Brum, 57, Larry Chaves Brum e Nayana Rodrigues Brum.
Larry e Nayana são filhos de Jubal. Já Chico Guedes é um artista de circo, natural de Cachoeira do Sul, que atualmente mora na comunidade quilombola onde Jubal e dos filhos residem.

 
O marido e filho de Zilda (foto abaixo) não foram indiciados no inquérito policial.

Foto: Reprodução

O que dizem as defesas


O advogado Ariel Cardoso, que defende Chico Guedes, afirma que ainda é cedo para se manifestar sobre o indiciamento do pai de santo. Para o defensor, a polícia não apresentou provas no inquérito policial que indiquem a participação de Guedes no caso. Cardoso aguardará a denúncia do Ministério Público para pode começar a defesa e comprovar a inocência do pai de santo, que seria um idoso fraco e doente.
- Esse senhor não tem condições de causar ferimentos em ninguém, quanto mais levar alguém à morte por sua ação. Então, a gente aguarda a denúncia para poder começar a trabalhar na defesa dele. Por enquanto, confiamos da inocência, vamos trabalhar nisso e o nosso foco segue sendo a liberdade do Francisco - diz o advogado.


A defesa de Jubal e dos filhos havia informado que os três não foram responsáveis pela morte de Zilda e são inocentes. Contudo, as advogadas que defendem a família apontam a responsabilidade para Chico Guedes. A reportagem tenta contato com os defensores para comentar sobre o indiciamento do pai e dos dois filhos. 

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