Câmara temática será criada para tentar reduzir as mortes no trânsito do Rio Grande do Sul

Uma câmara temática permanente será criada para atuar como um fórum de assessoramento especializado visando reduzir o número de mortes e lesões no trânsito no Estado. A iniciativa foi definida em encontro entre representantes de órgãos de trânsito, na terça-feira (24), na sede da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), em Porto Alegre.

Os números de acidentes no período pós-enchentes, tanto na Capital como no restante do Estado, preocupam as autoridades, que decidiram criar a Câmara Temática Permanente de Contenção da Sinistralidade no Trânsito do RS. O órgão coordenará ações para retomar a tendência de queda registrada nos últimos 13 anos no Estado.

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A câmara funcionará no âmbito do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran/RS) e será composta por 26 conselheiros e seus suplentes. Vai, ainda, agregar órgãos, entidades e representantes da sociedade civil.

 
– Precisamos entender as causas dos acidentes para propor novas ações e projetos – explicou o presidente do Cetran/RS, Enio Bacci.

 
O evento foi promovido pela pelo Cetran/RS, em parceria com Famurs, Núcleo Universitário Interdisciplinar de Trânsito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Nuitran), Detran-RS e Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegere (EPTC/POA).

Cenário

Dados do Detran-RS mostram o maior número de mortes no trânsito no Estado desde 2017, comparando os períodos de janeiro a agosto. Se mantida a tendência de ascensão, o Rio Grande do Sul vai reverter a linha de queda que vem desde 2011, quando se engajou na Década de Ação pela Segurança no Trânsito e conquistou resultados históricos, reduzindo em pelo menos 50% as mortes no trânsito ao longo da década.

 
Em Santa Maria, os atropelamentos já causaram oito mortes somente em 2024. Dois casos aconteceram em setembro, que teve mais seis óbitos em colisões entre veículos.

Nos 11,4 mil quilômetros de rodovias estaduais, aconteceram 5.282 acidentes neste ano, com 4.382 pessoas feridas e 357 mortes. 

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