Míssil israelense é lançado pela primeira vez pelo Exército brasileiro em demonstração de tiro em cidade da região

O míssil Spike LR2, importado de Israel pelo Exército Brasileiro, foi apresentado oficialmente na manhã desta quarta-feira (4) em uma demonstração de tiro no Campo de Instrução Barão de São Borja, em Rosário do Sul.

A simulação foi feita por um soldado, que acionou o lançador do artefato e atingiu um alvo a cerca de 5,5 quilômetros distante do local de origem. Ao todo, foram duas demonstrações de tiro, prestigiadas por diversos oficiais de quartéis da região. Depois disso, carros de combate também fizeram demonstrações de tiros em meio ao pampa gaúcho.

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Segundo o Exército, o investimento no armamento foi mais de R$ 100 milhões em uma carga de 100 unidades e 10 lançadores do míssil. Oito lançadores e 10 simuladores serão destinados aos quartéis de Santa Maria e Rosário do Sul.

Depois de concluída a fase de treinamento, o armamento será utilizado pelo Pelotão Anticarro do Exército, criado em 1978, para enfrentar ataques provocados por veículos. O Spike LR2 pode ser lançado por um soldado, por veículos ou acionado remotamente, e pode destruir blindados, embarcações, aeronaves e edifícios. O que representa um desenvolvimento nesse tipo de combate.

– É um míssil bastante moderno, já bastante testado no mundo todo e representa uma capacidade fundamental, pois os carros de combate continuam tendo um papel importante no campo de batalha e a defesa de carros é justamente para poder fazer esse tipo de defesa com relação a essa arma importante que ainda é o blindado. – explica o general Paulo Roberto Pimentel, comandante da 3ª Divisão do Exército.

Até o dia 13 de setembro, militares do Centro de Instrução de Blindados de Santa Maria serão os responsáveis por receber o trabalho de capacitação e treinamento para o uso do equipamento no país. 

– Santa Maria hospeda uma importante escola do Exército, que é o Centro de Instrução de Blindados, e a missão dele é especializar os oficiais e sargentos em tudo o que afeta o blindado, inclusive o míssil anticarro que é o seu inimigo natural. – ressalta o coronel Alexandre Checheliski, comandante do Centro de Instrução de Blindados de Santa Maria.