VÍDEO: Boldrini volta ao presídio, tem liberação para ir ao CFC e é visto em Santa Maria

Autor: Deni Zolin e Rafael Menezes


Eram 15h20min desta sexta-feira quando o médico Leandro Boldrini, condenado em júri sob a acusação de ter mandado matar o filho Bernardo, chegava em um Centro de Formação de Condutores (CFC) no centro de Santa Maria. Ele teria ido para renovar a CNH. Às 15h50min, quando saiu e entrava na carona do carro, que estaria sendo dirigido pela atual companheira, o repórter Rafael Menezes abordou o médico e perguntou se ele aceitaria dar uma entrevista. De pronto, Boldrini disse que não. Com a cabeça, confirmou que estaria renovando a CNH. Depois, entrou na carona e foi embora.


Mas como Boldrini estava na rua, se foi condenado no segundo júri, em junho deste ano, a 31 anos e 8 meses de prisão?


Segundo o delegado da 2ª Delegacia Regional Penitenciária da Susepe, Thiago Nothen, Boldrini estava no regime fechado na Região Metropolitana. Como ele estava preso desde 2014, ano da morte do filho, ele acabou progredindo de regime e recebeu tornozeleira eletrônica porque lá não havia vaga em presídio. Agora no segundo semestre, Boldrini pediu para o Judiciário para vir para Santa Maria por motivos pessoais e seguiu morando na cidade por um tempo com tornozeleira eletrônica, sem precisar nem dormir no presídio.


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Segundo o Tribunal de Justiça do Estado (TJ), em 26 de outubro, a 3ª Câmara Criminal do TJRS decidiu, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso (agravo em execução) interposto pelo Ministério Público contra decisão que determinou a progressão para o semiaberto, com prisão domiciliar por monitoramento eletrônico. Na decisão, a 3ª Câmara Criminal manteve o preso no regime semiaberto, no entanto determinou o recolhimento dele em casa prisional de regime semiaberto e retirada da tornozeleira. Leandro Boldrini foi apresentado espontaneamente no Presídio Regional de Santa Maria, onde cumpre a pena desde o dia 7 de novembro. Nesta sexta-feira (10), ele teve autorização judicial para ir ao Centro de Formação de Condutores (CFC). Depois, Boldrini voltou ao presídio.


Segundo a Susepe, desde a última terça, dia 7, Boldrini está o dia todo no presídio. Se voltar a trabalhar e comprovar isso, ele pode solicitar para a Justiça para que trabalhe de dia e apenas durma no presídio à noite e nos finais de semana. Mas seu advogado, Rodrigo Vares, não sabe se Boldrini pretende voltar a trabalhar.


CRM ativo

Quanto à Medicina, o advogado ressalta que Boldrini segue com o Certificado de Registro Médico (CRM) ativo, pois o pedido de cassação não foi julgado ainda. Ou seja, ainda poderia atuar como médico.


Enquanto isso, a defesa de Boldrini aguarda o julgamento do recurso, no próprio TJ, em que pede a anulação do segundo júri, no qual ele foi condenado por 4 a 3. Segundo Vares, um dos jurados já havia publicado nas redes sociais que pretendia condenar Boldrini. Não há prazo para o recurso ser julgado.


Por que voltar a Santa Maria?

O advogado não sabe o motivo de Boldrini ter escolhido Santa Maria para morar e cumprir o resto da pena. Apesar de o médico ter se formado na UFSM e ter tido muitos amigos na cidade, o advogado acredita que Boldrini não tenha imóveis em Santa Maria e que a escolha possa ter relação com a atual companheira do médico.


Questionado se o médico não tinha medo de voltar a circular em Santa Maria, o advogado disse que havia o orientado a tomar cuidado, já que não sabe qual poderia ser a reação de alguma pessoa. O filho Bernardo e a ex-mulher de Boldrini estão enterrados em Santa Maria.


Ala psiquiátrica

Vares confirmou que, logo que chegou a Santa Maria, Boldrini ficou internado na ala psiquiátrica de um hospital particular por um tempo. O advogado afirmou que, nos últimos anos, o médico precisou se internar em várias oportunidades.


– Ele tem a consciência tranquila da inocência dele. O Leandro teve inúmeras falhas como pai, falhas graves. Agora, ele foi acusado de ter sido o mentor intelectual e orquestrado a morte do filho, e disso temos total tranquilidade que ele não fez. Logo no início, eu fui uma vez no presídio para vê-lo. Eu disse ao Leandro: “Todas as pessoas que eu conheço, inclusive familiares meus, me perguntam o porquê que eu defendo um “monstro”, como ele era chamado. Ele me disse: “Vou te dar dois motivos. Primeiro, eu sou inocente”. E o segundo motivo, ele tirou e me deu uma foto da filha dele: “É pela minha filha e porque sou inocente”. Eu guardo essa foto dela até hoje – afirmou o advogado Rodrigo Vares.

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