Foto: Arquivo Pessoal
Primeiro crime aconteceu na noite de sábado, na Vila Lídia. Rodrigo Kosminski, 38 anos, foi morto a tiros na frente de casa, na Rua Bege
O final de semana de despedida de 2023 foi um dos mais violentos da história de Santa Maria. Em dois dias, o município registrou três homicídios, elevando para 55 o número de assassinatos no ano que se encerrou.
O pano de fundo da criminalidade que assustou os santa-marienses em uma data que deveria ser de festa foi o mesmo que vem ceifando dezenas de vidas na cidade: o tráfico de drogas.
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O primeiro crime foi registrado na noite de sábado (30) na Vila Lídia, no Bairro Noal. Segundo a Brigada Militar (BM), Rodrigo Kosminski, 38 anos, morreu ao ser baleado a tiros por volta das 21h30min na frente da própria casa, na Rua Bege. O autor dos tiros teria disparado após a vítima ter se direcionado ao portão da casa.
Kosminski foi socorrido por familiares e encaminhado ainda com vida ao Pronto Atendimento (PA) do Patronato, mas não resistiu e morreu no local.
A violência voltou à cena no último dia do ano. Na tarde de domingo (31), a vítima foi identificada como Carlos Alberto Castro Viana, 37 anos. Ele morreu após três criminosos invadirem uma casa na Rua Dourados, no Passo D'Areia, e atirarem contra a vítima, que morreu no local.
Poucas horas depois, o jovem Otávio Gonçalves da Silva, 18 anos, foi assassinado a tiros na Avenida Maestro Barbosa Ribas, também na Vila Lídia.
Tráfico de drogas
A Polícia Civil investiga os três homicídios, que teriam como motivação a disputa entre facções criminosas por territórios para o tráfico de drogas no município. Em função do protesto dos delegados contra a falta de diálogo do governo do Estado com a categoria, não foram dadas informações oficiais sobre os crimes.
Queda após dois anos
Apesar de ser um dos finais de ano mais brutais de Santa Maria, o número de homicídios em 2023 apresentou redução após dois anos consecutivos de aumento. Em 2022, houve 70 assassinatos - número recorde, que se igualou apenas ao verificado em 2017. Em 2021, 58 pessoas foram mortas.
Em 2020, o total chegou a 44 assassinatos e, em 2019, a 48.