Médicos podem ter sido mortos por engano em ataque a tiros no Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a possibilidade de os três médicos assassinados na madrugada desta quinta-feira (5) tenham sido mortos por engano. Uma quarta vítima do ataque a tiros ficou ferida.

 
Segundo a Polícia Militar, os quatro profissionais estavam em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, quando homens em um carro pararam no local e dispararam pelo menos 33 vezes contra as vítimas. Os médicos atuam fora do Rio de Janeiro e estavam na cidade para participar de um congresso internacional de cirurgia minimamente invasiva de tornozelo e pé.

 
As vítimas foram Diego Ralf Bomfim, 35 anos, Marcos Andrade Corsato, 63, e Perseu Ribeiro de Almeida, 33. Bomfim é irmão da deputada Sâmia Bomfim e cunhado do deputado Glauber Braga, ambos do PSol do Rio.

 
A investigação policial busca saber se Perseu não foi confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de um dos principais líderes do tráfico na zona oeste carioca. Ambos se assemelham fisicamente.

 
Os criminosos teriam ido ao local onde os médicos estavam supostamente à procura de Barbosa, e podem ter errado o alvo. Outras linhas de investigação, contudo, não são descartadas.

Já o ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira que a execução dos médicos pode ter relação com a atuação parlamentar de Sâmia Bomfim e Glauber Braga. Ele informou que a Polícia Federal deverá participar das investigações.