
Foto: Rafa Marin (Polícia Penal/Divulgação)
O santa-mariense Sérgio Ilha Dalcol, 40 anos, assumiu nesta semana como novo superintendente da Polícia Penal do Rio Grande do Sul, órgão responsável pela gestão de todo o sistema prisional do Estado. Servidor penitenciário desde 2014, ele atuava como diretor-geral da instituição.
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Em entrevista ao programa Fim de Tarde CDN, da Rádio CDN 93.5 FM, na quarta-feira (4), Dalcol destacou que assumir o posto mais alto da corporação é motivo de muito orgulho.
– Estar aqui cumprindo essa função com mais de 5 mil agentes penitenciários, mais de 600 técnicos penitenciários e quase 50 mil presos é uma complexidade bem grande, mas tenho uma trajetória que me sinto preparado para isso neste momento - disse.
Segundo o superintendente, seu objetivo é dar continuidade à reorganização do sistema penitenciário gaúcho, com foco na entrega de novas unidades prisionais, no fortalecimento da Polícia Penal e no uso de tecnologia para ampliar o controle nas penitenciárias.
– Hoje, o maior desafio realmente são as vagas, mas com as entregas desses novos estabelecimentos vamos conseguir elevar o sistema prisional para outro patamar. A gente vai conseguir ter uma plenitude de vagas e conseguir gerenciar de uma forma melhor - garantiu.
A falta de vagas no sistema é uma demanda antiga do setor. Em abril, quando o ex-prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom, assumiu a Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo, ele destacou a urgência em ampliar o número de vagas. Além disso, Dalcol elencou como parte de suas prioridades a aceleração das obras em andamento, o chamamento de novos servidores e o avanço no processo de aprovação da Polícia Penal como força institucional.

Como forma de reforçar a segurança nos presídios, o superintendente destacou os investimentos em tecnologia dentro das alas, especialmente na instalação de bloqueadores de sinal de celular, como parte das políticas públicas de segurança:
– A gente tem corrido bastante para entregar esses locais, com esses bloqueadores de celular. Isso está dentro das nossas políticas publicas para atender o sistema prisional. A gente vai trabalhar nisso para que esses bloqueadores comecem a funcionar o mais rápido possível em todos os estabelecimentos. Obviamente, são tecnologias novas, demandam algumas situações diferentes, e a gente está se adaptando a isso.
Santa Maria
A trajetória de Dalcol no sistema prisional inclui passagens pela Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm), onde atuou como diretor. Foi nesse período que ele estabeleceu um vínculo de trabalho com o secretário Jorge Pozzobom.
Mesmo no novo cargo, Dalcol garante que mantém um olhar atento para a cidade natal, embora ressalte a necessidade de imparcialidade como gestor estadual.
– Santa Maria é minha terra. Eu acompanho de perto o quantitativo de presos, e qualquer situação que se sobressaia e que julguemos que precise de uma intervenção, com certeza vou ajudar a terrinha. Mas a gente está bem servido de gestores na região, e não tenho uma preocupação latente com relação a isso neste momento - informou o policial pena, que é formado em Administração e Ciências Sociais e cursa mestrado em Gestão de Organizações Públicas na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
A Polícia Penal
Subordinada à Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo, a Polícia Penal é o órgão estadual responsável pela execução administrativa das penas privativas de liberdade e das medidas de segurança. Criada em agosto de 2022, substituiu a antiga Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Administra 112 unidades prisionais no Estado, entre presídios, penitenciárias, centros de custódia hospitalar, instituto psiquiátrico e colônia penal.
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