Foto: Reprodução
A reportagem do Bei teve acesso exclusivo ao laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP), que apontou a causa da morte do menino Théo Ricardo Felber, de 5 anos, assassinado pelo próprio pai em São Gabriel, no Rio Grande do Sul. O documento técnico confirma que a criança morreu em decorrência de traumatismo crânio-encefálico provocado por instrumento contundente, compatível com uma queda de altura.
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O laudo também apontou a presença de paracetamol no organismo da criança, em uma dosagem compatível com uso terapêutico, sem relação direta com o óbito. Segundo os peritos, não foram encontrados vestígios de álcool ou outras substâncias ilícitas, descartando qualquer tipo de sedação ou intoxicação anterior ao crime. Além disso, os exames confirmaram sinais de esganadura, reforçando a violência empregada pelo autor.
Em depoimento à Polícia Civil, o pai da criança, Tiago Ricardo Felber, confessou que tentou estrangular o filho um dia antes da morte e admitiu que cometeu o crime como forma de vingança contra a ex-esposa, Abigail Luisa Ferreira Felber, com quem estava separado desde outubro do ano anterior.
Após matar o filho, Tiago ainda teve a frieza de almoçar em um restaurante da cidade antes de se entregar à polícia. A Justiça decretou sua prisão preventiva, e ele foi transferido para a Penitenciária Estadual Modulada de Uruguaiana, na Fronteira Oeste, por questões de segurança.
O menino foi sepultado na manhã de quinta-feira, 27 de março, em Nova Hartz, no Vale do Sinos, cidade onde residia com a mãe
A perícia realizada na casa de Tiago Felber, local onde Théo passou a noite anterior ao crime, também teve seu laudo divulgado e trouxe informações relevantes para a investigação. De acordo com o IGP, durante a análise detalhada do imóvel — com uso de luz forense, exame microscópico e aplicação de reagente luminol — não foram encontrados materiais orgânicos, sangue visível ou oculto que pudessem ser associados ao crime.
Segundo a Polícia Civil, com a conclusão dos laudos necroscópico e pericial, o inquérito deve agora ser finalizado e remetido ao Ministério Público com o indiciamento formal de Tiago Felber por homicídio qualificado, com agravantes como motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.
A defesa de Tiago Ricardo Felber foi procurada pela reportagem e afirmou que, por não ter recebido os laudos, não se manifestará neste momento.
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