Após pedido da defesa, mãe da menina Isabelly é transferida para presídio em outra cidade

Autor: Marcos Fonseca e Maria Júlia Corrêa

Após pedido da defesa, mãe da menina Isabelly é transferida para presídio em outra cidade

Foto: Google Maps (Reprodução)

Em um primeiro momento, mãe de Isabelly foi levada para o Presídio Estadual de São Gabriel, de onde foi transferida

A defesa de Elisa Carvalho de Oliveira, 36 anos, informou, na noite desta segunda-feira (12), que ela foi transferida para um presídio em outra cidade. O local não foi informado para proteger a integridade da cliente. Elisa é mãe de Isabelly Carvalho Brezzolin, de 11 anos, que morreu após ser levada de São Gabriel para o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) na última quinta-feira (8).


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Conforme a nota enviada pela advogada Rebeca Canabarro de Matos, esse seria o terceiro presídio para onde Elisa seria levada, já que o anterior não "garantia sua segurança". Ela está presa preventivamente pela acusação da suposta prática de abuso sexual e maus-tratos contra sua própria filha de 11 anos. 

Não foi informado o nome do advogado que atua na defesa do esposo de Elisa e pai de Isabelly, José Lindomar Nunes Brezzolin, 55, que também está detido. Conforme a advogada, o casal não teve contato desde o momento da prisão.


Confira a nota na íntegra:

"A defesa de ELISA, mãe de Isabelly Brezzolin, exercida pela advogada criminalista Rebeca Canabarro (OAB/RS 134.374) e o bacharel em direito Andrei Nobre (OAB/RS53E114), vem, publicamente, manifestar-se a respeito das notícias obtidas exclusivamente pela mídia a respeito do laudo da necropsia do corpo, produzido pelo IGP, o qual aduz que “a morte ocorreu por complicações sépticas de pneumonia, sem nenhum
sinal de trauma por violência sofrida e nenhum sinal de violência sexual”. 

Ressaltamos que referido laudo ainda não aportou nos autos do inquérito policial, já tendo a defesa requerido sua remessa para a delegacia de São Gabriel, no dia 12 de maio de 2025. Todavia, até o momento não houve retorno da delegacia. Deste modo, aguardamos acesso ao documento para posicionamento oficial da defesa.
Importante mencionar que, muito embora referido inquérito policial, desde sua origem, tramite sob extremo sigilo no sistema eproc (nível 3), nota-se que a autoridade policial não poupou esforços em comunicar às linhas investigativas e trechos de depoimentos. Consequentemente, gerou-se um fervor popular pela automática condenação e linchamento da investigada. De forma direta, em conjunto com a privação de sua liberdade e pelo iminente risco de sua segurança, a defesa logrou êxito em obter a transferência de casa prisional, sendo esta, a terceira, desde que decretada sua prisão.

Todavia, ressaltamos que, com base nas informações exclusivas obtidas pela mídia, o laudo pericial do IGP reforça o posicionamento inicial da defesa, qual seja: a inocência da investigada, afirmação que ecoa em inúmeros outros elementos informativos produzidos no inquérito policial.
Tendo em vista que Elisa no momento encontra-se presa preventivamente, pela acusação da suposta prática de abuso sexual e maus tratos, a defesa aguarda a apreciação do pedido de liberdade da investigada, o qual será alvo de parecer do Ministério Público e posteriormente decidido pela magistrada da comarca de São Gabriel."


Após possíveis contradições, Polícia Civil de São Gabriel decreta sigilo sobre investigações do caso Isabelly

A Polícia Civil decretou sigilo sobre as investigações da morte de Isabelly Carvalho Brezzolin, 11 anos. A reportagem do Bei teve acesso, com exclusividade, ao laudo da necropsia do corpo da menina, que teria apontado como causa da morte uma infecção generalizada (sepse) decorrente de complicações de uma pneumonia, sem qualquer indício de violência física ou sexual. 

O delegado responsável pela investigação, Daniel Severo, informou, na tarde desta segunda, que ainda não teve acesso ao laudo da necropsia feita pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). Ele também aguarda o resultado da perícia feita na sexta-feira (9) na casa da família, localizada na Vila Mariana. "Para o interesse da investigação, e das diligências que ainda temos pra cumprir, foi decretado sigilo sobre o inquérito do caso da Isabelly", divulgou. 

À reportagem, o delegado regional da Polícia Civil, André Matos, confirmou nesta tarde que o sigilo foi decretado diante de possíveis contradições nas investigações. Por isso, novas informações só serão divulgadas ao final do inquérito policial. Como os pais estão presos desde a última quarta-feira (7), a polícia tem 10 dias - até 17 de maio - para concluir o inquérito. 

A Santa Casa de São Gabriel, onde Isabelly recebeu o primeiro atendimento médico, foi procurada pela reportagem e se pronunciou por meio de nota.  Conforme o texto, a menina recebeu o primeiro atendimento no local antes de ser transferida para o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). A instituição relatou que, após avaliação clínica e realização de exames de imagem, foi identificado um "quadro de pneumotórax e a equipe de cirurgia geral foi acionada, realizando a colocação de dreno torácico, procedimento essencial para estabilização do quadro respiratório da paciente".

Além disso, afirmou que nenhum dos exames realizados no momento da admissão apontou fraturas de costelas ou indícios de violência sexual na vítima. 


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