Servidora da Fepam foi sepultada na manhã deste domingo em Caxias do Sul

Roberta dos Reis Constantin, 21 anos, foi sepultado, na manhã deste domingo (21), em Caxias do Sul, sua terra natal. Concursada da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), ela morreu após cair no Rio Jacuí, na última terça-feira (16), durante coleta de amostras de água no município de Dona Francisca. O corpo foi encontrado por pescadores na manhã de sábado (20).​

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Formada pelo Instituto Federal Farroupilha (IFFar), campus de Caxias do Sul, Roberta cursava graduação em Química na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 

O que aconteceu 

Roberta estava desaparecida desde a tarde de terça-feira (16). Pescadores encontraram o corpo descendo as águas do rio a uma distância de 2,7 quilômetros do local onde a ela caiu. Foi na localidade de Várzea de Agudo, entre os municípios de Dona Francisca e Agudo, conforme informações do Corpo de Bombeiros. Desde terça-feira, as buscas pela servidora eram feitas por uma força-tarefa com 15 bombeiros, sete barcos e quatro jet skis.

Em nota divulgada nas redes sociais, a Fepam lamentou a morte da servidora e afirmou que está dando suporte a família.

– A Fepam se solidariza com os familiares, amigos e colegas de trabalho neste momento de profunda tristeza e informa que seguirá prestando todo o suporte necessário a família – reiterou, por meio da nota. 

Roberta era técnica em Química e atuava na Fepam desde outubro de 2024, integrando a equipe responsável por monitoramentos ambientais no Estado. Ela estava na região a trabalho.

"O sentimento é de muita tristeza", diz capitão que atou nas buscas

De acordo com o capitão Hortênsio Costa Júnior, do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Maria, o corpo foi encontrado por volta das 7h de sábado, por pescadores da região. Ainda de acordo com o relato, a área onde o corpo foi encontrado apresenta muitos galhos, árvores e outros materiais naturais, o que faz com que corpos tendam a se deslocar para as margens do rio. As equipes haviam passado diversas vezes pelo local durante as buscas na sexta-feira (19), mas a vítima, possivelmente, emergiu apenas durante a madrugada ou início da manhã do sábado.

Questionado sobre o tempo necessário para que um corpo possa boiar após um afogamento, o capitão destacou que não há um padrão fixo, pois diversos fatores influenciam o processo, como temperatura da água, condições do local e características da vítima.

– Trabalhamos com uma média de dois a quatro dias, mas isso varia muito. Já tivemos casos em que o corpo emergiu após um dia e outros em que levou até sete dias, especialmente no inverno – afirmou.

O capitão também confirmou que Roberta utilizava uma roupa pantaneira no momento do acidente, vestimenta comum em atividades de campo, mas inadequada para situações de imersão total. Além disso, conforme as informações levantadas pelas equipes, a jovem não utilizava colete salva-vidas no momento da queda.

– É uma roupa que não é utilizada para adentrar profundamente na água. Ela possui bota acoplada, o que acaba gerando um peso maior quando entra em contato com a água, dificultando o retorno à superfície – explicou.

Comoção

Após a confirmação, a Polícia Civil foi acionada, assim como a funerária, que realizou a remoção do corpo. Familiares da jovem, entre eles pai, mãe, irmãos e o namorado, estavam na localidade no momento do resgate, além de colegas de trabalho da Fepam.

​– O sentimento é de muita tristeza. Havia uma expectativa constante durante as buscas, e esse luto acabava se prolongando. É uma perda muito grande, de uma menina tão jovem – disse capitão Hortênsio.