Por uninanimidade, Assembleia Legislativa aprova recriação da Secretaria da Mulher no Rio Grande do Sul

Por uninanimidade, Assembleia Legislativa aprova recriação da Secretaria da Mulher no Rio Grande do Sul

Foto: Raul Pereira/ALRS (Divulgação)

Por unanimidade, os deputados da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovaram nesta terça-feira (26), com 45 votos favoráveis, o Projeto de Lei 276/2025, de autoria do Poder Executivo. A proposta altera a Lei nº 15.934/2023 e a Lei nº 15.935/2023, restabelecendo a Secretaria da Mulher na estrutura administrativa do Estado e definindo suas competências. Segundo o governo, a nova pasta tem como objetivo consolidar e ampliar políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres e de promoção da equidade de gênero, garantindo continuidade, cobertura ampliada e transversalidade das ações em todas as áreas da administração estadual.


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Entre as atribuições previstas, estão:

  • Planejar e implementar políticas públicas para os direitos das mulheres;
  • Articular ações entre saúde, segurança, educação e assistência social;
  • Fortalecer a rede de acolhimento formada por Centros de Referência, Casas da Mulher, abrigos e delegacias especializadas;
  • Promover políticas de capacitação profissional e autonomia financeira para mulheres em situação de violência;
  • Implementar medidas de prevenção e proteção com uso de tecnologia;
  • Coordenar e monitorar programas e resultados relacionados aos direitos das mulheres.


Uma emenda apresentada pelos deputados Gustavo Victorino (Republicanos) e outro parlamentar não chegou a ser votada, após a aprovação de requerimento do deputado Marcus Vinícius (PP) que garantiu preferência ao texto original do Executivo.


Manifestação dos parlamentares

O projeto recebeu elogios de diferentes bancadas. O deputado Tiago Cadó (PDT) ressaltou a atuação da bancada feminina e destacou o trabalho da deputada Bruna Rodrigues (PCdoB), procuradora especial da Mulher da ALRS. 


– Apesar das diferenças políticas, esta Casa conseguiu se unir em torno da importância dessa política pública, agora retomada com status de secretaria – disse.


Leonel Radde (PT) elogiou o governador Eduardo Leite pela recriação, mas lembrou que a medida chega dez anos após a extinção da pasta, em 2014. Ele também fez referência ao recente aumento da violência:

– Se não fosse a mobilização da mídia, dos movimentos feministas e das mulheres deputadas desta Casa, seguiríamos sem a Secretaria das Mulheres.

A deputada Laura Sito (PT) enfatizou a necessidade de orçamento para garantir efetividade. 


Queremos uma secretaria capaz de pensar políticas de gênero de forma transversal e estratégica, não apenas uma Secretaria da Mulher, mas uma Secretaria de Políticas para as Mulheres – afirmou.


O deputado Adão Pretto Filho (PT) lembrou que, no período em que a secretaria funcionou (2010–2014), houve redução nos índices de violência. Ele destacou que somente em 2025 já foram registradas 35 mil denúncias de violência contra mulheres e 45 feminicídios.


Do Progressistas, Rodrigo Lorenzoni defendeu que o Estado precisa fortalecer as ferramentas de gestão para enfrentar a crise de violência de gênero, mas chamou atenção para o alto número de secretarias existentes. O líder do governo, Frederico Antunes (PP), celebrou a aprovação unânime e lembrou que a recriação da pasta foi fruto de um documento assinado pela maioria dos deputados entregue ao governador.


Contexto

A Secretaria da Mulher havia sido criada em 2010, durante o governo Tarso Genro, e extinta em 2014. A sua recriação foi considerada um avanço por parlamentares e movimentos sociais, especialmente diante do aumento dos casos de feminicídio e violência contra mulheres no Estado.


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