Polícia encontra fábrica clandestina que vendeu vodca com até 45% de metanol em São Paulo

Polícia encontra fábrica clandestina que vendeu vodca com até 45% de metanol em São Paulo

Foto Globo News, Reprodução

Policiais e fiscais do Procon e Vigilância fizeram apreensões em fábrica clandestina nesta sexta.

Investigadores da Polícia Civil localizaram nesta sexta-feira (10) um estabelecimento ilegal em São Bernardo do Campo (SP) que teria fabricado bebidas adulteradas contendo metanol - substância altamente tóxica - e que estão sendo vinculadas à morte de pelo menos duas pessoas. Exames comprovaram que havia metanol em altas concentrações em vodca produzida e vendida por essa fábrica clandestina.


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O fechamento do local é uma esperança de esclarecer as contaminações e reduzir ou acabar com os casos envolvendo metanol. Mas ainda não se sabe se as bebidas contaminadas não vieram também de outros fabricantes clandestinos. Até porque, entre os casos confirmados no país, são 20 pessoas em São Paulo, três no Paraná e uma no Rio Grande do Sul (de um homem que havia bebido vodca em São Paulo dias antes).


Mistura perigosa e denúncia


Durante as apurações, segundo apurou o site G1, a polícia descobriu indícios de que, para produzir e vender vodca falsificada, a fábrica clandestina comprava etanol vendido em postos de combustíveis, que haviam sido adulterados e estavam contaminados com metanol. A intenção seria repassar essas bebidas ao mercado como se fossem legítimas. O uso do metanol adulterado foi apontado como causa das intoxicações fatais.

A ação policial resultou em mandados de busca e apreensão e na prisão em flagrante de uma mulher responsável pelo local. Ela será enquadrada por crimes como falsificação, adulteração e colocação de substâncias nocivas em produtos alimentícios. Para esses crimes, a prevista é de 4 a 8 anos de reclusão, além de multa.


Vísceras da investigação e vítimas


Ainda de acordo com o G1, uma das vítimas fatais identificadas era o empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos. Em um bar na Zona Leste de São Paulo, ele e outras pessoas consumiram vodcas que posteriormente mostraram altas concentrações de metanol (entre 14,6% e 45,1%) em análises periciais.

Outra pessoa, Bruna Araújo, de 30 anos, faleceu após ingerir bebida supostamente contaminada num estabelecimento que fazia parte da rede de distribuição da fábrica clandestina. Em endereços ligados ao bar e a uma distribuidora suspeita, foram cumpridos mandados e apreendidos celulares, computadores e outras evidências para aprofundar a apuração.


Metanol: adicionado, não gerado


O Instituto de Criminalística confirmou que o metanol presente nas amostras não teria sido fruto do processo natural de destilação, mas sim inserido propositalmente nas bebidas. A concentração é anormal e foge aos padrões industriais - reforçando que o envenenamento foi decorrente de adulteração criminosa, e não de falha técnica.

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