Foto: Polícia Civil (Divulgação)
Polícia Civil investiga a descoberta de ossadas em lixão interditado do município
A prefeitura de Vila Nova do Sul confirmou a abertura de um processo administrativo para apurar denúncias de suposta violação de sepulturas e transporte irregular de restos mortais no Cemitério Municipal. A investigação foi aberta na terça-feira (23), após a descoberta de ossadas humanas no lixão da cidade.
De acordo com a administração, a Vigilância Sanitária Municipal, responsável pela fiscalização do cemitério, atua de forma contínua para evitar irregularidades. Ainda assim, diante dos relatos, foi determinada a imediata apuração dos fatos junto aos órgãos competentes.
Segundo a prefeitura, autoridades policiais estiveram no Centro Administrativo, na manhã de segunda-feira (22), para relatar o caso. A administração afirma que está disposta a colaborar com as investigações e a resolver os problemas estruturais do cemitério, principalmente em situações que envolvam vilipêndio – crime de profanar túmulos, cuja pena vai de um a três anos de prisão.
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O Executivo destacou que situação semelhante já havia sido registrada anteriormente e que mantém contato com os órgãos responsáveis pela investigação, prestando total apoio. Também informou que já adotou medidas iniciais para reforçar a fiscalização e a segurança no cemitério.
O município reafirmou que não admite nem compactua com qualquer ato que desrespeite a dignidade dos falecidos e das famílias. A abertura de túmulos sem a devida autorização legal "é expressamente proibida e será tratada com o máximo rigor". Em solidariedade às famílias e em respeito à comunidade, a prefeitura destacou o compromisso com a transparência, a legalidade e a busca de soluções para garantir tranquilidade aos cidadãos.
O caso
Na segunda-feira (22), restos mortais e caixões foram encontrados em um lixão interditado de Vila Nova do Sul. A principal suspeita é de que tenham sido retirados do cemitério municipal e descartados ilegalmente no local. Segundo o delegado Daniel Severo, os fatos são investigados como violação e vilipêndio de cadáver. Em princípio, há ossadas de mais de uma pessoa. Somente a perícia nos ossos poderá informar de o número exato de corpos a que pertenciam.