Foto: Reprodução
Morreu em Santa Maria, aos 67 anos, José Francisco da Silva, conhecido como Maranhão, liderança comunitária que por décadas acompanhou e cobrou ações do poder público na zona sul da cidade. Morador da Urlândia, ele representou a Associação de Moradores do bairro e a Associação Comunitária Renascer, tornando-se uma das vozes mais ativas em debates sobre serviços públicos, infraestrutura e políticas sociais.
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A despedida de Maranhão será no Complexo Velatório e Crematório Angelos Oeste, Sala Safira. A cerimônia inicia nesta sexta-feira (21), às 20h, e vai até sábado (22), às 8h30min. A causa da morte não foi revelada.
Atuação
Maranhão era presença constante em audiências públicas e tribunas livres da Câmara de Vereadores e em pautas debatidas pela imprensa local. Ao longo dos anos, protocolou pedidos de investigação e denúncias contra diferentes gestões municipais, argumentando em defesa do interesse da comunidade.
Em 2019, ele apresentou à Câmara uma denúncia de improbidade administrativa contra o então prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) por supostas irregularidades na coleta de lixo e de inservíveis. O pedido foi rejeitado por unanimidade, mas os vereadores decidiram abrir uma comissão especial para apurar os fatos.
Um ano antes, em 2018, ele havia protocolado outra denúncia relacionada a supostas irregularidades na área da saúde. A proposta também foi rejeitada pelo Legislativo, mesmo pela oposição.
Maranhão ficou conhecido pela busca ativa por informações públicas e pela atuação direta em órgãos de controle. Em 2016, investigou o caso de um superintendente municipal que, segundo ele, recebia auxílio-doença do INSS enquanto ocupava cargo comissionado na prefeitura. A apuração levou o Executivo a exonerar o servidor. Na época, Maranhão levou a denúncia ao Ministério Público Federal, à prefeitura e à Câmara de Vereadores.
Com atuação firme e frequente no debate público, Maranhão se tornou figura reconhecida na defesa das demandas da Urlândia.