Foto: Redes Sociais (Reprodução)
As vítimas foram Kauany Martins Kosmalski, 18 anos, seu filho de apenas 2 meses e o adolescente Ariel Silva da Rosa, 16
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul recebeu os laudos periciais que revelam a violência extrema empregada no triplo homicídio contra jovem, seu filho pequeno e um adolescente em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre. As vítimas Kauany Martins Kosmalski, 18 anos, seu filho Miguel, de apenas 2 meses, e o amigo da jovem, Ariel Silva da Rosa, 16, foram encontrados mortos no dia 22 de julho em um bueiro às margens do Rio dos Sinos.
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Conforme informações do portal G1, os laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontam que Kauany foi assassinada com mais de 50 facadas. Ariel também foi morto com golpes de faca. Já o bebê teve como causa da morte traumatismo craniano. Os exames apontaram marcas de defesa em Kauany e Ariel, o que indica que ambos tentaram se proteger durante os ataques. A polícia também confirmou que a jovem teve um dos dedos decepado.
Segundo a investigação da Polícia Civil, os principais suspeitos do crime são Jocemar Antunes de Almeida, 46 anos, e sua companheira, Belisia de Fátima da Silva, 41. Dois adolescentes, de 15 e 17 anos, também são investigados por participação no crime.
Almeida, que é pai de santo, seria supostamente o pai do bebê Miguel. A motivação do crime, de acordo com a delegada Marcela Smolenaars, estaria relacionada a ciúmes. No entanto, a polícia solicitou exame genético para confirmar o grau de parentesco entre Almeida e a criança.
Como o crime ocorreu
A investigação aponta que, em 20 de julho, Kauany, o bebê e Ariel estavam com o pai de santo no carro, atraídos sob o pretexto de consumir vinho. Belisia teria chegado ao local em um carro de aplicativo acompanhada dos dois adolescentes. Os jovens teriam permanecido na rua, enquanto Belisia entrou no carro de Almeida com uma faca.
Segundo o relato da própria Belisia, ela foi a primeira a atacar Kauany. Depois, o pai de santo teria esfaqueado Ariel. Ainda não se sabe em que momento o bebê foi morto. Após os assassinatos, os corpos foram colocados no veículo de Almeida e levados até um bueiro, onde foram deixados cobertos por galhos e pedaços de madeira e só foram encontrados dois dias depois.
A perícia encontrou vestígios de sangue no carro do pai de santo, o que reforça a suspeita de que o automóvel foi utilizado no transporte das vítimas. A Polícia Civil ainda analisa os celulares dos suspeitos e continua ouvindo testemunhas. Outras diligências periciais também estão em andamento para esclarecer a cronologia das mortes, especialmente no caso do bebê Miguel.
Posicionamento da defesa
Os advogados Raquel Prates, Gustavo Nagelstein e Eduarda Brandolf representam o casal Jocemar de Almeida e Belisia de Fátima da Silva. Em nota enviada à imprensa na sexta-feira (25), eles afirmaram que não tiveram acesso completo ao inquérito policial, e somente depois iriam se manifestar sobre outros detalhes do caso.