Ex-assessor jurídico da prefeitura de Faxinal do Soturno é preso por envolvimento na Operação Quarta Colônia Livre

Ex-assessor jurídico da prefeitura de Faxinal do Soturno é preso por envolvimento na Operação Quarta Colônia Livre

Foto: Mateus Ferreira (Diário)

O ex-assessor jurídico da prefeitura municipal de Faxinal do Soturno, o advogado Edson Lorenzoni Junior, 33 anos, foi preso preventivamente pela Polícia Civil na tarde de terça-feira (30). Ele é investigado por envolvimento com organização criminosa no âmbito da Operação Quarta Colônia Livre. A prisão foi realizada por policiais da 3ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (3ª DPRI), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Santa Maria e da Delegacia de Polícia do município.


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O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo Plantão do Foro Central de Porto Alegre. Após o cumprimento da ordem judicial, o advogado foi encaminhado à delegacia para registro da ocorrência e, posteriormente, conduzido à Penitenciária Estadual de Santa Maria, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário.


Relembre o caso

A Operação Quarta Colônia Livre foi deflagrada no dia 21 de agosto, após cerca de cinco meses de investigação, e teve como objetivo desarticular facções criminosas, o tráfico de drogas e ramificações do crime organizado na região da Quarta Colônia. A ação foi coordenada pela Delegacia Regional de Polícia de Santa Maria e mobilizou mais de 300 policiais civis de diversas cidades do Rio Grande do Sul.

As investidas ocorreram em pelo menos seis municípios: Faxinal do Soturno, Dona Francisca, Agudo, Nova Palma, Restinga Sêca e São João do Polêsine. Durante a operação, foram realizadas prisões, buscas e apreensões de veículos, armas, entorpecentes e valores em dinheiro, além da coleta de provas documentais. A investigação identificou movimentações financeiras superiores a R$ 1 milhão.

O inquérito policial foi concluído em outubro e resultou no indiciamento de 62 pessoas por crimes como organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção de menores e obstrução da Justiça. Dois adolescentes também foram responsabilizados e cumprem medidas socioeducativas em regime de semiliberdade.

Em coletiva de imprensa realizada no dia 20 de outubro, o delegado regional de Santa Maria, delegado Sandro Meinerz, e a delegada de Agudo, Jaqueline Pellegrini, detalharam os desdobramentos da investigação e reforçaram que a mobilização teve como foco enfraquecer a atuação de grupos criminosos na região.

Após o indiciamento de um servidor da prefeitura de Faxinal do Soturno na operação, o Executivo Municipal se manifestou oficialmente no dia posterior e informou a adoção de providências imediatas, incluindo a exoneração do então assessor jurídico investigado.


Manifestação do advogado

O advogado Edson Lorenzoni Junior se manifestou por meio de nota no dia 21 de outubro, após o indiciamento na Operação Quarta Colônia Livre e a exoneração do cargo que ocupava na prefeitura de Faxinal do Soturno. Na ocasião, ele negou envolvimento com os crimes investigados e afirmou não ter cometido atos ilícitos.

Segundo Lorenzoni, a conversa mencionada pela investigação teria ocorrido no exercício regular da advocacia, sem qualquer relação com a operação policial, da qual disse não ter tido conhecimento prévio. Ele também afirmou que a prefeitura não foi comunicada oficialmente sobre a deflagração da operação, por se tratar de ação sigilosa conduzida exclusivamente pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.

Na nota, o advogado criticou o que classificou como “indevida criminalização da advocacia”, sustentando que um diálogo técnico com seu cliente teria sido interpretado de forma equivocada. Lorenzoni afirmou ainda que não houve vazamento de informações, o que, segundo ele, teria sido confirmado pelo próprio delegado responsável, já que todos os mandados foram cumpridos com sucesso.

Em outro trecho, o advogado explicou que a arma citada na investigação integra um inventário judicial e que sua regularização estaria amparada por decisão da Justiça. Ele também alegou que rumores sobre a operação já circulavam na cidade antes de sua deflagração, afastando, segundo ele, qualquer hipótese de vazamento de informações de sua parte.

Por fim, Lorenzoni informou ter acionado a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul (OAB/RS) para acompanhar o caso e adotar medidas diante do que considera violação de prerrogativas profissionais e divulgação de informações sigilosas. Ele destacou ainda que solicitou exoneração temporária do cargo para se dedicar à defesa de sua inocência, reafirmando confiança nas instituições e na Justiça.

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