Foto: Guilherme Kalsing / Rádio Estação FM
Uma das passageiras que sobreviveram ao acidente com um ônibus da UFSM, registrado no trevo de acesso ao município de Imigrante, na região de Lajeado, relatou ao Diário as condições do veículo e como tudo teria ocorrido.
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Condição do veículo
Isabela Morais, que estava no ônibus no momento do acidente, relatou que o veículo apresentava sinais de instabilidade.
– Quando a gente passou do trevo de Imigrante, percebemos que o ônibus estava indo para os lados. O pessoal já ficou com medo. Todos se sentaram, quem tinha cinto para colocar, colocou. Eu não achei cinto no meu banco. E foi tudo muito rápido, ele perdeu o controle e caiu – contou a sobrevivente.
Isabela acredita que a instituição tenha sido negligente, em relação à manutenção e à condição dos veículos utilizados para transportar estudantes e servidores:
– E a gente sabe que esses ônibus da UFSM e do Politécnico estão com um funcionamento muito ruim. São ônibus antigos. A gente nunca espera que algo assim aconteça. Mas acreditamos que seja uma negligência da universidade, em não prestar atenção no tipo de transporte que são colocados os alunos – avaliou Isabela.
"Estou com medo de saber"
A passageira contou também sobre os momentos de angústia, após a queda do ônibus da ribanceira:
– Havia muita gente no chão, fora dos bancos, em cima, embaixo. Tinha gente gritando, gente que não se mexia. A gente não conseguia tirar todo mundo, não sabíamos como sair, mas saímos.
Consciente, a passageira afirmou não saber quem são os colegas que não resistiram ao acidente:
– Eu sei que morreram alguns colegas, eu ainda não sei quem são. Estou com medo de saber. Estou machucada, mas estou bem. Machuquei bastante o rosto, mas vou me recuperar.
As vítimas foram encaminhadas aos hospitais das cidades de Lajeado, Teutônia e Estrela. Ao menos sete pessoas morreram, entre elas seis mulheres e um homem. Segundo a UFSM, a turma composta por estudantes e docentes do curso de Paisagismo do Colégio Politécnico da UFSM estava em deslocamento para visita técnica ao cactário Horst (espaço dedicado ao cultivo de cactos e suculentas) da cidade.