A Polícia Civil investiga um suposto caso de racismo ocorrido, no começo de maio, dentro de uma escola da rede estadual localizada na região oeste de Santa Maria. A suspeita seria uma professora, que teria praticado o crime contra um aluno de 14 anos. A 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ª CRE) foi procurada pela reportagem e se manifestou sobre o assunto.
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Segundo relato da mãe do adolescente ao Diário, o estudante e a professora teriam se desentendido dentro da sala de aula, quando ela teria utilizado a expressão "nego feio" para se dirigir ao aluno. A mãe conta que só ficou sabendo do fato no último domingo do Dia das Mães (11). A identidade dos envolvidos não será divulgada.
– Meu filho conta que foi orientado a me contar, para eu fazer algo. Fui até a escola na segunda-feira (12), conversei com a direção, que chamou a professora. Os colegas do meu filho também compareceram no local e reforçaram a fala que teria sido usada pela educadora. Depois, fui na delegacia e registrei a ocorrência – conta a mãe.
No mesmo dia, um boletim de ocorrência por racismo foi feito na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Santa Maria.
A mãe do garoto relata que o menino, que costuma ser reservado, está resistente em ir às aulas. Mas, com a insistência dela, tem comparecido na escola. Já a professora está em licença-saúde e não tem trabalhado desde então.
Posicionamento da 8ª CRE
Ao Diário, o coordenador da 8ª Coordenadoria Regional de Educação, José Luis Viera Eggres, afirma que determinou imediatamente a averiguação dos fatos. Também confirma que a professora está afastada das atividades.
– Uma comissão vai averiguar o que aconteceu e se de fato ocorreu. A partir de então, dependendo do resultado, a instituição decidirá pela sindicância punitiva. Vamos tratar esse caso com rigor e já tomamos as providências legais cabíveis nesta situação até o momento – garante.
A reportagem entrou em contato com a escola na tarde desta quinta (15), mas o diretor não estava na instituição. A reportagem foi orientada a procurar a 8ª CRE.
Investigação
A ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Polícia de Proteção a Criança e Adolescente (DPCA), que instaurou um inquérito para investigar o caso. Segundo a delegada Luiza Sousa, tanto a suspeita quanto o aluno e outras pessoas envolvidas no fato deverão ser chamados para prestar depoimento.
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